O que havia antes do Big Bang? O
Universo é finito?
Há poucas respostas sobre o que havia antes da suposta explosão de 13,5 bilhões de anos atrás, o Big Bang, que formou o Universo. "Quando extrapolamos a expansão do universo, observada atualmente, temos evidências de que ele deveria ser extremamente compacto e quente (antes do Big Bang). Mas não temos como saber o que havia antes", afirma a astrônoma da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Thaisa Storchi Bergmann.
Já sobre o tamanho do Universo, Bergmann é um pouco mais conclusiva. "Acredita-se sim que o universo seja finito, pois começou há 13,5 bilhões de anos e tem se expandido desde então até um tamanho finito. Mas pode ser que, assim como existe o nosso Universo, existam outros com os quais não podemos nos comunicar ou observar."
Um dia o Sol pode explodir?
Não, uma catastrófica e repentina explosão solar nunca deve
acontecer. Segundo a astrônoma da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(Ufrgs) Thaisa Storchi Bergmann, tal fenômeno acontece somente com estrelas
cuja massa é de cinco a dez vezes maior do que a do Sol.
"Estrelas como o Sol morrem menos catastroficamente. O
Sol, daqui a alguns bilhões de anos, vai começar e expandir suas camadas
externas, que se estenderão até Marte, aproximadamente", diz Thaisa.
Nesta fase, o Astro Rei vai se transformar numa estrela
chamada de gigante vermelha. Neste momento, a temperatura na Terra será alta, a
ponto de impedir a vida no planeta.
"Depois, o Sol vai perder as camadas externas, chegando
na fase de nebulosa planetária. O que sobrar será uma estrela muito compacta,
com a massa do Sol, mas compactada num raio igual ao da Terra, a chamada anã
branca", explica.
O que é um buraco negro?
Simplificadamente, um buraco negro é um corpo celeste de
massa muito grande para o espaço que ocupa, resultando um campo gravitacional
tão forte do qual sequer a luz pode escapar.
"A matéria atraída pelo buraco negro em geral tem
movimento angular, por isso é capturada por um disco, no qual fica girando até
se precipitar no centro", explica a astrônoma da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (Ufrgs) Thaisa Storchi Bergmann.
O buraco negro ocorre, por exemplo, quando uma estrela não
possui mais pressão suficiente para produzir uma força para fora que
contrabalance o peso de suas camadas externas. "Essas camadas caem sobre
as internas produzindo uma implosão que dá origem ao fenômeno", diz a
astrônoma.
Os buracos negros são invisíveis por não emitirem radiação,
por isso é impossível visualizá-los. No entanto, exercem força gravitacional
sobre os corpos ao seu redor. "Devido à sua atração gravitacional, os
buracos negros produzem movimento em corpos ao seu redor. Por meio desse
movimento que é feita sua detecção", explica Thaisa.
Qual é o
real formato das estrelas?
Uma das principais conquistas das crianças pequenas é
aprender a desenhar uma estrela, com suas pontas. Infelizmente, a verdade é
menos poética - mas não menos bela. Estrelas são esferas, assim como os
planetas.
Segundo o professor de Astrofísica da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul Charles Bonatto, enxergamos as estrelas naquele formato
com pontas devido à refração da sua luz na atmosfera da Terra.
Mas essa esfera pode ser levemente achatada nos pólos, como
nosso planeta, explica. "Isso ocorre porque as estrelas também giram em
torno de seu próprio eixo, como a Terra. O próprio Sol é um pouco achatado nos
pólos", disse Bonatto.
Pareçam elas de cinco pontas ou mais, as estrelas que
enxergamos são, porém, fotografias antigas. A estrela mais próxima da Terra
está a quatro anos-luz, diz o professor.
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